Colt: Última Temporada - Capa do livro

Colt: Última Temporada

Simone Elise

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Chapter
15
Age Rating
18+

Summary

The climactic finale of Colt is finally here! In the wake of their arrest, Colt and Summer resolve to put their life of crime behind them for good. But is their love stronger than their burning vengeance towards the one who imprisoned them? Can they find their very own ‘happily ever after’...or will their past crimes come back to haunt them?

Age Rating: 18+

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Interrogatório

SUMMER

O amor sempre nos leva a uma encruzilhada. Encontramos uma escolha difícil e, uma vez que fazemos essa escolha, nos vemos em frente a uma longa, longa estrada cheia de muitos obstáculos pela frente. É como tentar descer uma montanha em um helicóptero leve.

Mas quando você consegue esse amor, quando você tem de verdade aquele fogo queimando dentro de você por outra pessoa, você fará qualquer coisa.

E eu faria qualquer coisa por amor pelo meu Diabo, Colt Hudson.

Suor quente escorria pela minha testa e um buraco fundo crescia dentro do meu estômago.

Eu sabia que os policiais estavam tentando me fazer ceder. Me deixar desconfortável dentro de uma sala minúscula com apenas uma luz no teto, um gravador e um prato de rosquinhas velhas.

Até as algemas em meus pulsos começaram a suar.

Poderia eu parecer mais culpada?

Mas eu não suava por mim.

Não queria que nada acontecesse com Colt. Claro, eu estava de cara com uma sentença longa se eles realmente me condenassem pela morte de Elliot, mas Colt não podia ser preso novamente depois de escapar do corredor da morte.

Não é uma coisa que você faz duas vezes.

Alguém de dentro iria querer ele morto, e eles tentariam matar o Diabo apenas para tomar posse do nome.

Mas, pior ainda, se Colt for preso, nunca mais o verei.

A porta da sala de interrogatório se abriu e soltei um pequeno suspiro, e me tirei de dentro de meus pensamentos agitados.

"Está muito frio aqui para suar." O detetive disse rudemente, puxando sua cadeira com um barulho alto, arrastando-a contra o chão. Ele até se sentou na cadeira rudemente, depois apertou o botão do gravador.

"Por que você não me diz, Summer Breeze, por que o assassinato de seu ex-marido tem seu fedor permeando a cena?"

Eu me mexi na cadeira e olhei para o distintivo do detetive.

"Eu não matei meu marido, detetive Mason," eu disse a ele, erguendo meu queixo, mas com meu coração martelando. "Quero meu advogado."

Mason socou as mãos na mesa e pulou da cadeira.

"Foda-se o seu advogado", ele disse rispidamente, apontando um dedo na minha cara. "Temos todas as provas que precisamos para prender uma coisinha bonita como você."

Me encolhi na cadeira e fechei os olhos.

Mason cruzou os braços e sorriu. "Estou aqui para ajudar, Summer. Sou seu amigo. Apenas confesse e tornarei as coisas muito mais fáceis para você. E para o seu namorado, Colt."

Meu irmão Scorp ficou preso o suficiente para eu saber todos os truques que os policiais usam. Mason só tinha seus próprios interesses em mente.

"Eu quero meu advogado", murmurei, tendo dificuldades para olhar nos olhos raivosos de Mason.

Eu já tinha visto homens com raiva o suficiente por toda a vida. Eu já tinha sido abusada o suficiente, especialmente por Elliot, o homem que eu estava sendo acusada de assassinar.

Mason se inclinou e jogou o prato de rosquinhas através da sala. O prato se espatifou contra a parede de tijolos.

"Nenhum advogado, só eu", disse Mason entre os dentes cerrados.

Memórias de todo o meu abuso nas mãos de homens furiosos e perversos me inundaram.

"Não me bata!" Eu gritei, automaticamente, levantando minhas mãos sobre meu rosto, as palavras arranhando o fundo da minha garganta.

Mason piscou algumas vezes, confuso, então recuou.

Comecei a chorar, então vi a fita girando no gravador. Deixei toda a minha dor escapar em gritos profundos e guturais, sabendo muito bem que este interrogatório estava arruinado pela maneira que Mason lidou mal com os eventos.

"Eu não encostei um dedo em você." Mason zombou.

Ainda assim, toda vez que Mason gritava comigo, eu pensava em Elliot. Os socos. Os empurrões. Os chutes e cotoveladas. Quão pequena ele me fez sentir.

Isso até me lembrou Jace, meu agressor mais recente, e como ele me deu um tapa na minha própria casa.

E agora, aqui estou algemada nesta salinha, sendo tratada como se não tivesse direitos.

Foda-se tudo isso.

A porta da sala se abriu novamente.

"Você já era." Outro detetive disse a Mason secamente.

O outro detetive usava uma camisa bege justa de mangas compridas enfiada em jeans de corte largo. Ele era careca, tinha um cavanhaque fino e escuro que contrastava bem com sua pele morena e sobrancelhas se destacavam mesmo sob os óculos de aviador.

"Qual diabos é o seu problema, Munozos?", perguntou Mason.

Munozos tirou os óculos escuros, jogou-os sobre a mesa onde estavam os donuts e gesticulou para Mason sair da sala.

"Você." Ele bateu um dedo no peito de Mason, então apontou o mesmo dedo para o gravador na mesa e a câmera de segurança no canto da sala. "Você está tentando jogar toda essa investigação no lixo?"

Mason se aproximou do ouvido de Munozos e sussurrou. "Ela estava prestes a abrir o bico."

"Fora," Munozos ordenou mais uma vez.

Mason balançou a cabeça e fechou a porta atrás de si.

"Perdoe o idiota", disse Munozos, respirando fundo e se sentando à mesa.

Algo em seu comportamento parecia familiar.

Funguei e enxuguei as lágrimas.

Munozos tinha algo que me fazia sentir segura. Ele escondeu bem, mas eu pude ver.

Sob o punho de sua camisa, escondido por outras tatuagens, havia uma caveira flamejante com uma faca em um olho e uma cobra rastejando no outro.

Uma tatuagem de motociclista da velha guarda. Colt tem a mesma.

"Summer, eu gostaria de ouvir o seu lado da história."

COLT

Eu deveria esmagar o crânio desse filho da puta.

"Podemos fazer um bom negócio", Mason sorriu, tomando um gole de café.

Outra sala de interrogatório, outro porco de merda.

Quantas vezes já estive em salas como esta?

Eu não dava a mínima.

O que importava era voltar para Summer e ter certeza de que ela estava segura.

"Advogado," foi tudo que eu disse firmemente para Mason.

Mason zombou, e então a porta se abriu.

Ótimo, outro porco.

"Munozos? De novo?" Mason perguntou, levantando a mão acima da cabeça. "Sério?"

"Fora", disse Munozos.

Munozos era maneiro até para um porco. Só achei que ele corria o risco de rasgar aquela porra de camisa feia que estava usando quando se sentasse.

Mas eu ainda conseguiria acabar com ele, mesmo com as mãos algemadas.

"Advogado," eu disse a ele.

Munozos desligou o gravador e se afastou da câmera.

"Você não precisa falar comigo." Ele disse. "Acabei de falar com a Summer. Concordamos que há uma força muito maior agindo aqui."

Eu não posso deixar de levantar uma sobrancelha. Do que diabos esse cara estava falando?

"Você e seu clube estão sendo alvo do submundo, e toda esta cidade foi para a merda por causa desses filhos da puta sujos."

Eu ri. "É isso que porcos ganham."

"Sim." Munozos concordou, me pegando de surpresa. "Como o detetive idiota que traiu você. Eu sei sobre isso."

Ele jogou um arquivo na mesa. Com certeza, minha história e a traição.

"A ganância pegou aquele bastardo também, e agora ele está preso," disse Munozos, balançando a cabeça.

Eu sorri e decidi entreter Munozos.

"Eu não me importo com dinheiro." Ele disse. "Eu me preocupo com minha família. O submundo quer você morto, esta cidade em chamas e Summer atrás das grades."

Se eu não o conhecesse melhor, diria que esse cara está tentando me ajudar.

Conheço um mentiroso, e este não é um.

"Se vamos parar com essa merda, Colt, clubes. Policiais. Precisamos de uma trégua, ou tudo vai para a merda."

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